Como melhorar a auto estima das crianças

Como melhorar a auto estima das crianças

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Auto estima tem tudo a ver com pertencimento, responsabilidade e auto suficiência. No caso de crianças estas coisas passam pela presença dos pais, e é disso que quero falar hoje. Se você está lendo este texto, é porque se importa em melhorar. Um dos problemas é que crianças manifestam suas insatisfações de formas que nem sempre sabemos ler. Embora algumas vezes elas também sejam cirurgicamente precisas ao apontar coisas que fingimos não ver, ou que queremos bem escondidas.

Como eu comecei a ter mais auto estima…

auto-estima-matematicaQuando eu estava na oitava série, já estava acostumado a ficar de recuperação. Eu era um aluno com dificuldades sérias em matemática. E lembro que minha relação com os colegas também era um pouco difícil. Eu me sentia inferior, e facilmente ficava isolado, mesmo hoje vendo que eu não tinha motivos para isso.

Pois bem, quando estava prestes a ir para o segundo grau, fiquei de recuperação em matemática, e o caso era o mais grave até então. Eu precisaria tirar 86 na prova especial, ou repetiria o ano. Então minha mãe contratou uma professora particular.

Eu lembro que achei a aula tão chata que decidi estudar sozinho. Hoje vejo que este momento foi crucial, porque meus pais não estavam me pressionando e naquela aula de reforço (primeira e única que tive na vida) caiu a ficha de que eu era o responsável pelas minhas notas. Era como se eu estivesse buscando algum tipo de atenção, e quando deixei de tê-la, deixei também a noção de que eu tinha dificuldades com a escola.

Justamente quando meus pais pareciam ter “desistido” de insistir, eu finalmente vi que se eu não agisse, o maior prejudicado seria eu mesmo. Depois disso, não apenas deixei de ter problemas com matemática, como passei a ensinar para os meus colegas…

Auto estima = Independência emocional

auto-estima-pai-e-filhaA independência emocional é uma conquista que não pode ser alcançada antes dos 7 anos de idade, mas seu plantio é mais eficaz justamente nesta fase.

Depois dos dois anos de idade, é muito importante iniciar um processo de incentivar a independência dos filhos. Até os 7 anos será bem acentuado o efeito deste plantio. Isso porque neste período a criança já possui um grande acesso ao raciocínio lógico, embora limitado. Antes dos 7 anos, por exemplo, as crianças ainda não conseguem entender que existem diversos pontos de vista para uma mesma situação, o que gera incompreensões e frustrações. É fundamental que estes momentos sejam usados para permitir, gradativamente, que a criança adquira sua independência emocional. Dizer não, quando for justo e sempre com amor. 

A meu ver esta é a principal base de uma auto estima saudável.

Pais liberais X Pais controladores

É comum vermos gerações inverterem este perfil: Pais considerados controladores, que outrora tiveram pais liberais, ou vice versa. A auto estima que é construída na infância, possui relação direta com o tipo de relação que é adotada pelos pais. Esta relação afetará a forma de sentir e agir daquele filho.

Existe aquela frase famosa que diz: “Vai que eu tô te vendo…”.  A meu ver, esta é uma frase que resume um equilíbrio entre o que é ser um pai controlador ou liberal. Acompanhar não é dirigir.

Alguns pontos chave para favorecer o desenvolvimento da auto estima das crianças:

  1. Mostre o mundo, sem esperar que a criança entenda;
  2. Responda as perguntas mesmo não sabendo se será compreendido;
  3. Não culpe terceiros pelas faltas dos filhos;
  4. Quando der uma punição, acrescente a explicação;
  5. Em casos de desavenças externas dos filhos, nunca incentivar o revide ou a vingança.

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Ser controlador é acreditar que o mundo é domável. Mas acredito que só podemos aprender a domar a nós mesmos. Culpar o mundo é adiar o próprio progresso pessoal. Os filhos tem melhor auto estima quando aprendem a se responsabilizar.

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Então, como ensinar os filhos a se responsabilizarem? Para responder, vamos à segunda reflexão:

Pais participativos x pais omissos

Gosto de uma frase de Tony Robbins, onde ele diz que “as pessoas não são as suas atitudes”. Ao falar sobre pais participativos ou omissos, devemos lembrar que todos nós, sem a mínima exceção, temos atitudes omissas e também atitudes participativas. O importante é refletir sobre onde podemos melhorar, e não simplesmente apontar o dedo ou julgar com excessiva rigidez a nós mesmos e aos outros.

Elaborei o quadro abaixo justamente para auxiliar nesta reflexão. É uma lista de atitudes. Eu mesmo reconheço que tenho atitudes omissas algumas vezes. O importante é reconhecer e melhorar:

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5 Outras causas de baixa auto estima

As causas são inúmeras, por isso procurei abordar a atitude dos pais, que é aquilo que temos ao alcance das nossas mãos.

Mas vale lembrar quais as causas mais comuns de baixa auto estima, afinal é o que tornará necessária uma boa atitude de nossa parte. Vamos a 7 delas:

  1. Obesidade;
  2. Bullying;
  3. Racismo;
  4. Baixo rendimento na escola;
  5. Baixo rendimento nos esportes;
  6. Consumismo;
  7. Deficiências físicas.

Nas sete situações citadas acima, existe o denominador comum da necessidade de auto aceitação. Aceitar o próprio corpo e as possibilidades financeiras da família, por exemplo, para não haver comparação com os colegas.

O Bullying é um assunto complexo, pois as crianças que sofrem dele muitas vezes têm vergonha de falar sobre o assunto, e isso pode aprofundar a dificuldade de lidar com o problema. Por isso mesmo é um bom motivo para cultivarmos um sentimento de confiança mútua com nossas crianças.

Deixe dúvidas sobre este tema. Outros pais e filhos poderão se beneficiar, e eu ficarei felizse puder auxiliar.

 

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